quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Em Quarta-feira de Cinzas
Todos nós já contemplámos uma mata depois de um incêndio! O sentimento de desolação marca aqueles que olham a outrora bela floresta. Contudo, também já reparámos quando as primeiras chuvas caem! Aquele lugar escuro e sombrio começa a fervilhar de vida; uma vida escondida, mas que teima em desabrochar.
Assim é o rito da imposição das cinzas! Um rito penitencial, que nos faz recordar a precariedade da nossa natureza: somos frágeis e marcados pelo limite da terra; mas ao mesmo tempo feitos à imagem e semelhança de Deus e, por isso mesmo, dinamizados por essa vida que teima em superar os nossos limites e fragilidades. Ao serem impostas sobre nós as cinzas, somos convidados a olhar para a meta da nossa existência: feitos por amor, para participarmos do Amor.
A Quaresma faz-nos olhar a vida como caminho: caminho do limite à perfeição; da pequenez a grandeza; do pecado à santidade; da morte à vida; do nada à plenitude.
Que nesta quaresma, tempo favorável dado pelo nosso Deus, possamos caminhar com o Senhor Jesus, para com Ele passarmos para a vida do Pai.
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